domingo, 27 de abril de 2014

Levem-nos!

Qual é o uso das várias placas de PARE aos cruzamentos em Nova Petrópolis? Elas são ignoradas por quase todos os motoristas, incluindo motoristas de ônibus e caminhões. Elas são ignoradas, mesmo que os policiais possam estar em pé na esquina observando o movimento do trânsito no cruzamento. Normalmente, os veículos nem reduzem a velocidade.

Presumivelmente, os sinais estão lá por motivos de segurança, ou seja, para reduzir os acidentes veiculares. Mas se eles são ignorados, se os veículos continuam através das interseções como se os sinais não estivessem mesmo lá, e ainda assim muito poucos acidentes ocorrem em cruzamentos, claramente os sinais não têm efeito sobre a segurança. Ou seja, eles não são necessários.

Se eles são colocados lá para decoração, bem, eles não são muito atraentes. Eu não posso imaginar qualquer motorista dizendo ao seu passageiro, "Ó, olhe lá, veja aquele lindo sinal vermelho octogonal”!
Assim, se não tenham efeito na segurança de trânsito, e não sejam muito atraentes como enfeite, eu sugiro que eles sejam removidos, completamente.

Há um benefício para fazer isso. De um artigo no jornal alemão Der Spiegel, em 2006, há pelo menos sete cidades da Europa que estão eliminando todos os sinais de controle de trânsito.  (Sete anos depois talvez tenham ainda mais cidades que fizeram isso). Planejadores de trânsito europeus estão sonhando com ruas livres de regras e diretivas. Eles querem que motoristas e pedestres se interajam de uma forma livre e humana, como irmãos - por meio de gestos amigáveis, acenos de cabeça e contato com os olhos, sem proibições, restrições e sinais de alerta.

A utopia já se tornou uma realidade em Makkinga, na província holandesa de Frísia Ocidental. Uma placa na entrada para a pequena cidade lê "Verkeersbordvrij" - "livre das placas de trânsito." Carros vão sem pressa sobre pedras de granito cortado com precisão. Placas de PARE e sinais de sentido estão longe de serem vistos. Não há nem parquímetros nem restrições de parada. Não há mesmo quaisquer linhas pintadas nas ruas.

"As muitas regras nos tiram da coisa mais importante: a capacidade de sermos atenciosos. Estamos perdendo nossa capacidade de comportamento socialmente responsável", diz o guru de trânsito holandês Hans Monderman, um dos co-fundadores do projeto. "Quanto maior o número de prescrições, quanto mais o senso de responsabilidade pessoal das pessoas diminui."

Por mais estranho que possa parecer, o número de acidentes reduziu drasticamente. Funcionários da Argentina, Estados Unidos e até mesmo Londres demonstraram interesse no projeto.

Nova Petrópolis anuncia-se como a "Capital de Cooperativismo". Qual a melhor demonstração do cooperativismo do que todos os motoristas que passam pelas ruas da cidade prestando atenção e cortesia para si e para os pedestres – sem nenhuma placa diretiva?

De GremistaBob
Nova Petrópolis

domingo, 16 de março de 2014

OS 1/5 e os 2/5 dos INFERNOS

O seguinte foi enviado pelo nosso amigo e colaborador, Kalil Abrahão:

Durante o Século XVIII, o Brasil-Colônia pagava um alto tributo para Portugal, seu colonizador. Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso país e correspondia a 1/5 da produção. Essa taxação altíssima e absurda era chamada de “O Quinto”. Esse imposto recaia principalmente sobre a nossa produção de ouro.
O “Quinto” era tão odiado pelos brasileiros, que, quando se referiam a ele, diziam “O Quinto dos Infernos”, e isso virou sinônimo de tudo que é ruim.
A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os “quintos atrasados” de uma única vez, no episódio conhecido como “Derrama”. Isso revoltou a população, gerando o incidente chamado de “Inconfidência Mineira”, que teve seu ponto culminante com a prisão e julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário IBPT, a carga tributária brasileira chegou ao final do ano de 2011 a 38%, praticamente 2/5 (dois quintos) de nossa produção.
Ou seja, a carga tributária que nos aflige é praticamente o dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira, o que significa que pagamos hoje literalmente “dois quintos dos infernos” de impostos…
Para sustentar a corrupção? Os mensaleiros, o Senado com sua legião de “Diretores”? A festa das passagens, o bacanal com o dinheiro público, as comissões e jetons, a farra familiar nos Três Poderes?
Nosso dinheiro é confiscado no dobro do valor do “quinto dos infernos” para sustentar essa corja, que nos custa o dobro do que custava toda a Corte Portuguesa!
E Tiradentes foi enforcado porque se insurgiu contra a metade dos impostos que pagamos atualmente…! Repassem… Estaremos, pelo menos, contribuindo para relembrar a História do Brasil e rendendo o reconhecimento à coragem que teve Tiradentes de se insurgir por pagar a metade dos impostos que pagamos hoje…

E não fazemos nada. Deveríamos até nos envergonhar…

Autor Desconhecido

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Se os Homens Fossem Como Formigas

Se os homens fossem como formigas, não haveria nenhum interesse em liberdade humana. Se os homens individuais, como formigas, eram uniformes, intercambiáveis​​, desprovidos de traços de personalidade específicos de sua própria, então quem se importaria se eles eram livres ou não? Quem, de fato, se importaria se eles viveram ou morreram? A glória da raça humana é a singularidade do indivíduo, o fato de que cada pessoa, embora em muitos aspectos semelhante às outras, possui uma personalidade completamente distinta de sua própria. É o fato da singularidade de cada pessoa –  o fato de que duas pessoas não podem ser completamente intercambiáveis – que faz com que cada homem insubstituível e que nos faz importo se ele vive ou morre, se ele está feliz ou oprimido. E, finalmente, é o fato de que essas personalidades únicas necessitam de liberdade para seu pleno desenvolvimento, que constitui um dos principais argumentos para uma sociedade livre.
- Murray Rothbard

Egalitarianism as a Revolt Against Nature, 1974